ECONOMIA / FUTURO PRESIDENTE DA PETROBRÁS ACHA A GASOLINA NO BRASIL BARATA
O economista é indicado para assumir a Petrobras no governo Bolsonaro |
Desde 2016, a Petrobras segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e a variação do custo do petróleo no mercado internacional. A falta de estabilidade dos preços dos combustíveis, com sucessivos aumentos, foi a principal queixa dos caminhoneiros que entraram em greve por quase duas semanas no fim de maio. A paralisação e os bloqueios de rodovias em 24 estados e no Distrito Federal causaram a indisponibilidade de alimentos e remédios nas principais cidades do país, escassez e alta de preços da gasolina, com longas filas para abastecimento. O movimento ainda resultou no pedido de demissão do então presidente da estatal, Pedro Parente.
Castello Branco é professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e fez pós-doutorado na Universidade de Chicago (Estados Unidos), tradicional reduto do pensamento liberal na economia, que se caracteriza pela defesa do livre mercado. Ele também já integrou o conselho de administração da Petrobras. Defensor de maior concorrência no setor de petróleo, ele é contrário às políticas de controle de preço.
"Quando você fixa um preço abaixo do mercado, você afasta a concorrência, mas a um custo muito alto. Foi entre 2011 e 2014 que não só a Petrobras perdeu muito dinheiro, como ajudou a afundar a indústria do etanol, ajudou a ter mais carro na rua, com problema de trânsito e poluição de meio ambiente, uma série de externalidades negativas. E quando se cobra um preço acima do mercado também é prejudicial para a economia. A competição é sempre saudável", afirmou.
Castello Branco também foi diretor do Banco Central e ex-integrante do conselho de administração da Vale. Para assumir a Petrobras, ele ainda precisará passar por uma aprovação formal pelo colegiado de administração da companhia.
Por: EBC
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