O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira com um discurso firme contra a decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar o comando da Polícia Federal, que disse representar interferência política e quebra da promessa de que teria carta-branca.
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Sergio Moro fala durante entrevista coletiva em Brasília 24/4/202. REUTERS/Ueslei Marcelino |
A decisão de Moro —que ganhou notoriedade como principal juiz da operação Lava Jato— ocorre após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, pelo presidente Jair Bolsonaro, publicada em edição extra do Diário Oficial da União na madrugada desta sexta-feira.
Moro disse em seu pronunciamento de despedida que desde o período da Lava Jato sempre se preocupou com a possibilidade de interferência política na PF, e que foi surpreendido com a publicação da demissão de Valeixo.
O ministro lamentou ter de tomar a decisão durante a pandemia de coronavírus, mas disse que foi “
inevitável”.
Por:
reuters / Lisandra Paraguassu e Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro
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