POLÍTICA / Condenado a prisão por caluniar ACM Neto, deputado tem direitos políticos suspensos
Além da detenção, que foi convertida em prestação de serviços comunitários, Robinson Almeida está temporariamente com os direitos políticos suspensos, em razão de a expedição de sentença em primeiro grau. A justificativa se dá pelo artigo 15, inciso III da Constituição Federal, que trata do trânsito em julgado como possibilidade cassação dos direitos políticos.
No entanto, como a decisão é passível de recurso, o deputado ainda pode reaver os direitos caso obtenha vitória no segundo grau e nas instâncias superiores, se necessário. O nome do deputado também passa integrar o Centro de Documentação e Estatística Policial (CEDEP), que expede o certificado de antecedentes criminais.
De acordo com a denúncia, em março de 2018, o parlamentar fez uma publicação em rede social, acusando o prefeito de repassar indevidamente à mãe a quantia de R$ 2,8 milhões de verba municipal para beneficiar o Parque Social, instituição que ela preside.
O deputado, que anexou uma notícia ao comentário, afirmou que o fez na condição de cidadão, e que tem direitos político e legítimo de criticar uma ação praticada pelo prefeito. No entanto, o juiz da 12ª Vara Criminal de Salvador entendeu que “as vítimas, em nenhum momento, contribuíram para a prática dos delitos” e, ao fazer o comentário, Robinson deu uma interpretação distorcida dos fatos.
“De fato, a notícia citada existiu, porém, vemos que em sua postagem publicada no perfil do Facebook, o próprio acrescentou elementos e expressões ali não existentes, passando a fazer um comentário pessoal a respeito da matéria jornalística que retratou e que, em seguida, acabou compartilhando”, afirmou o magistrado.
Além da pena de detenção, que foi convertida em prestação de serviços à comunidade, Robinson foi condenado ao pagamento de 270 dias multas, cada uma com o valor equivalente a um trigésimo do salário mínimo vigente na época do fato delituoso.
O deputado foi ainda condenado ao pagamento de indenização por danos morais causados ao prefeito e à mãe dele, nos valor de R$ 30 mil para o democrata e R$ 20 mil para Rosário Magalhães.
Em razão da condenação, o deputado passa, a partir de agora, a ter direitos restritos, como a proibição de frequentar determinados lugares a serem especificados pela Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas da Capital. A decisão cabe recurso.
Por: bnews
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