COMO A MAIORIA das pessoas lendo este artigo, estou completamente estarrecido pelo que vejo acontecer hoje nos Estados Unidos – crianças, filhos de imigrantes, sendo arrancadas de seus pais e enviadas a centros de detenção separados, muitas vezes trancadas em jaulas com estranhos, sem real noção de quando serão reunidas a suas famílias. É abominável.
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Uma criança hondurenha de 2 anos, solicitante de asilo, chora enquanto sua mãe é revistada e detida perto da fronteira entre os EUA e o México, em 12 de junho de 2018, em McAllen, no Texas. Foto: John Moore/Getty Images |
Frequentemente, no entanto, vejo dois tipos preocupantes de resposta à crise, que mostram como milhões de americanos se encontram atualmente alienados e adormecidos.
O primeiro é uma declaração mais ou menos assim: essa não é a América que conheço e amo. O segundo é uma pergunta fundada na mesma ignorância, nos seguintes moldes: como isso pode estar acontecendo nos Estados Unidos?
O que está acontecendo agora no país é, sem dúvida, uma catástrofe de direitos humanos. Os mecanismos profundamente entranhados nessas políticas e o espírito que move essa catástrofe, porém, são tão americanos quanto o Facebook e a Disneylândia.
Vamos por partes. Há pelo menos cinco fatores inquietantes em jogo. Todos os cinco estavam integralmente presentes antes do início da crise atual. Eles deram o tom e formaram a cultura onde algo tão hediondo poderia acontecer.
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The Intercept
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