FEIRA DE SANTANA / Reitor teme consequências de medida de força contra ocupação da Uefs
O impasse já dura um mês, com aulas suspensas desde que estudantes ocuparam a reitoria, em 01 de novembro. Reunião ontem (01) terminou sem solução novamente e outra ficou marcada para a próxima semana.
O protesto estudantil é contra medidas do governo federal, como a PEC que congela o orçamento e a reforma do ensino médio, mas também há muitas reivindicações internas referentes à própria Uefs.
Evandro cita como exemplo de ação traumática contra os estudantes, uma desocupação da reitoria em 2003 (quando o reitor era Onofre Gurjão, do grupo político ao qual o de Evandro se opunha). “Houve uma desocupação com uso da força e depois por quase um ano a instituição viveu situações muito tensas”, recorda. Ele avalia que a retirada à força acabou por reforçar o ânimo dos estudantes.
O reitor reconhece que muitos, externa e mesmo internamente, “advogam uma solução mais drástica, como a reintegração de posse”. Mas defende que a cultura da universidade é do diálogo. “A utilização de uma medida de força poderia aparentemente resolver num primeiro momento. Mas deixaria sequelas, cicatrizes. E represada toda uma força que poderia retornar depois com muito mais tensão”, avaliou.
A reitoria respondeu a 38 pontos cobrados pelos estudantes, e segundo o reitor, cabe a eles agora “terem discernimento, entenderem que estivemos sempre dispostos a ter um compromisso de resolutividade e a gente espera que possam ter bom senso”.
GEILSON: “REITOR APOIA”
Em discurso na Assembleia Legislativa o deputado estadual Carlos Geilson afirmou que o reitor apoia a ocupação e abre o restaurante para “alimentar os invasores”. “Ele apoia um minúsculo grupo, prejudicando mais de 8 mil alunos. O reitor se alia aos grevistas, invasores, que têm luz, água. Uma vergonha”, criticou Geilson na tribuna.
Evandro lamentou o discurso e disse que o deputado está desinformado, pois o restaurante funciona porque a universidade continua recebendo estudantes que fazem parte de projetos de pesquisa e bolsistas, entre eles grande parte dos 600 bolsistas de cursos de licenciatura, que atuam em escolas municipais e estaduais.
O reitor reafirma que concorda com pautas dos estudantes, “mas não necessariamente com o método de luta”, que é a ocupação da reitoria e o fechamento da entrada da universidade, onde só é permitido entrar a pé.
Por: tribunafeirense.com.br
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