A solidão de Maduro sob a mira de Trump e o ‘silêncio estratégico’ de Lula para evitar a guerra

Rússia, China e Irã se afastaram da Venezuela no auge do impasse; apesar de dura retórica antiamericana, países decidiram não intervir no conflito; Brasil acha invasão improvável e vê tática do Pentágono

A solidão de Maduro sob a mira de Trump
A estratégia de defesa da Venezuela, que buscou construir uma rede de parcerias com potências globais historicamente desalinhadas com Washington, é submetida ao seu teste mais severo.

Uma publicação recente do Wall Street Journal sugere que a aliança forjada ao longo de duas décadas com Rússia, China, Cuba e Irã não teria se configurado como uma dissuasão militar eficaz.

O contexto dessa pressão envolve o aumento da presença naval dos Estados Unidos (EUA) e a retórica agressiva do presidente Donald Trump, que visa forçar uma transição política em Caracas.

De acordo com a análise, os aliados do bloco oferecem, neste cenário, pouco mais que suporte protocolar.

Enquanto uma flotilha americana cerca a região, a publicação destaca que a resposta dos parceiros limitou-se a felicitações pelo aniversário de Nicolás Maduro, ocorrido em 23 de novembro.

O Custo Humano e as Alegações de Legalidade
A situação no terreno é de elevada tensão. Trump mantém a ambiguidade sobre uma invasão total, mas uma campanha de três meses de bombardeios contra embarcações no Caribe e no Pacífico já resultou em mais de 80 mortes.

Oficialmente, os EUA alegam combater o narcotráfico ligado a organizações terroristas. No entanto, o relato admite que críticos denunciam as ações como “execuções extrajudiciais”, o que tem gerado cautela até mesmo em aliados tradicionais de inteligência dos americanos.

A inércia das superpotências aliadas expõe o limite prático desse eixo de cooperação. Ryan C. Berg, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington, é citado: “O chamado eixo do autoritarismo parece muito mais forte em tempos de paz. Ele se mostrou um tanto frágil em momentos de necessidade”.

  • Prioridades de Mercado: Tanto Rússia quanto China priorizam, neste momento, negociações comerciais e diplomáticas com a Casa Branca. A Rússia, envolvida no conflito na Ucrânia, e a China, lidando com fragilidade econômica interna, demonstram ter pouco incentivo para um engajamento mais profundo na defesa da Venezuela.
  • Comércio e Dívida: O apoio logístico resume-se à manutenção de sistemas de mísseis e envio pontual de nafta e óleo leve por petroleiros russos. A relação econômica com a China, que já enviou mais de US$ 30 bilhões em armas desde os anos 2000, estaria atualmente focada na cobrança de dívidas. O ex-vice-ministro de Energia venezuelano, Evanán Romero, sugere que “O petróleo não iria para a China se os EUA se abrissem”.
O Espaço para Mediação e o “Silêncio Estratégico” do Brasil
Em meio à escalada, o Brasil adota uma postura de extrema cautela diplomática. Segundo apuração da CNN Brasil, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva optou pelo “silêncio diplomático” em relação às ameaças de fechamento do espaço aéreo feitas por Trump.

O Itamaraty decidiu que só elevará o tom caso ocorra um ataque efetivo ao território venezuelano, distinguindo invasão de incidentes em águas internacionais. Essa postura visa, antes de tudo, preservar a capacidade de interlocução do Brasil na crise.

Durante uma reunião na Malásia em outubro, Lula entregou a Trump uma proposta por escrito para atuar como mediador.

Fontes do Palácio do Planalto avaliam que uma invasão terrestre americana é improvável e veem a escalada atual como uma tática de pressão para fraturar o apoio das Forças Armadas a Maduro.

Soberania e a Abertura Humanitária
No front interno, Maduro reagiu com retórica inflamada, afirmando que não aceitará “nem a paz dos escravos nem a paz das colônias”, rejeitando interferências externas sob a bandeira da soberania nacional.

A vitória de Trump e o não reconhecimento dos resultados eleitorais venezuelanos de 2024 agravaram o cenário.

Em um movimento que pode ser interpretado como pragmatismo, a cooperação migratória avançou de maneira surpreendente. O governo venezuelano aprovou, nesta terça-feira (02/dez), a retomada de voos de repatriação vindos dos EUA.

A Autoridade Aeronáutica da Venezuela autorizou o pouso de um voo da Eastern Airlines, partindo de Phoenix para Maiquetia, atendendo a um pedido de Washington.

Este avanço ocorre dias após Caracas ter considerado o programa suspenso devido à declaração de Trump de que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado “fechado em sua totalidade”. Entre fevereiro e novembro, cerca de 14 mil venezuelanos já retornaram ao país através deste mecanismo, em meio à dura política imigratória republicana.

Por: urbsmagna
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