O Instituto Butantan recebeu na madrugada desta quinta-feira 600 litros, ou o equivalente a 1 milhão de doses da CoronaVac, potencial vacina contra Covid-19 da chinesa Sinovac que está sendo testada no Brasil pela instituição.
A carga com a vacina a granel, que será envasada e rotulada em uma fábrica do Butantan, chegou no aeroporto de Guarulhos e é a segunda remessa da CoronaVac a chegar ao país, após as 120 mil doses prontas da vacina que vieram da China no dia 19 de novembro.
“Até o final deste mês de dezembro estaremos recebendo aqui no aeroporto de Guarulhos mais 6 milhões de doses da vacina”, disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). “E no próximo mês de janeiro, até o dia 15 de janeiro, mais 40 milhões de doses da vacina”, acrescentou.
O Butantan deverá levar entre quatro e sete dias para envasar e rotular esse primeiro lote da vacina a granel, num processo que envolverá 40 funcionários da instituição, que é vinculada ao governo do Estado de São Paulo.
O acordo entre Butantan e Sinovac prevê inicialmente o envio, no total, de 6 milhões de doses prontas da vacina e de 40 milhões a granel, que serão rotuladas e envasadas pelo Butantan.
A CoronaVac ainda não tem dados sobre sua eficácia conhecida, e a expectativa do Butantan é que a eficiência do imunizantes seja anunciada até o dia 15 deste mês, após os testes clínicos em Fase 3, o último antes do pedido de registro junto às autoridades regulatórias, atingirem o número mínimo de voluntários infectados para analisar a eficácia.
De acordo com dados já disponíveis de etapas anteriores dos ensaios clínicos, o Butantan e a Sinovac afirmam que a candidata a vacina se mostrou segura e induziu resposta imune em 97% dos voluntários. A eficácia, no entanto, só pode ser medida após um mínimo de voluntários dos testes contraírem Covid-19 para que seja feita uma análise de quantos desses voluntários receberam a vacina e quantos receberam um placebo.
Como a eficácia da vacina após os testes em Fase 3 ainda não é conhecida, não existe pedido de registro da CoronaVac junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por:
reuters
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