BAHIA / Ministério da Saúde não repassa verba para Salvador e prefeito ameaça ir à Justiça
Neto ressaltou ainda o esforço da administração na construção de um Hospital de Campanha na Avenida Paralela
Prefeito da capital baiana, ACM Neto disse hoje (13) que o Ministério da Saúde não tem cumprido com suas obrigações com a cidade, mesmo no momento da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista à Rádio Metrópole, Neto disse que a pasta comandada por Nelson Teich não tem repassado verbas para a instalação de leitos no combate à doença em Salvador.“Nossos leitos de UTI que estão funcionando até agora não foram habilitados e qualificados pelo ministério. A prefeitura está bancando tudo do seu próprio bolso. O Ministério da Saúde tem obrigação de colocar R$ 1,6 mil em cada leito desse e não está colocando. Estamos bancando sozinhos. Pois, vamos dar um prazo. Se o Ministério não fizer, vou para a Justiça judicializar e que seja assegurado o pagamento obrigatório do que o governo federal não está pagando para nossa capital”, avisou, em entrevista à Metrópole, hoje (13).
Neto ressaltou ainda o esforço da administração na construção de um Hospital de Campanha na Avenida Paralela. “Ontem, no Wet'n Wild, eu lembrei quando a pandemia tomou conta da China, vi uma cena que me impressionou. Chegou no WhatsApp um vídeo mostrando como os chineses tinham sido capazes de montar um hospital em 30 dias, com toda estrutura. Eu disse que só a China mesmo, que tem todo dinheiro, estrutura e tecnologia. Quem imaginava que, pouquíssimo tempo depois, teríamos que fazer o mesmo? Em 40 dias, construímos um hospital de campanha para atender a população e que começou a funcionar ontem mesmo. Aí os custos e as despesas na saúde se multiplicaram, com assistência social também e por outro lado houve a queda de arrecadação. Queda do ISS, queda da cota-parte do ICMS, do IPTU, ITIV, das taxas. Tudo está caindo”, constatou, em entrevista a Mário Kertész.
Mesmo com dificuldades, segundo o prefeito, a cidade tem conseguido honrar compromissos. “Eu fico imaginando o que seria de nós e de nossa cidade se tivesse chegando há oito anos atrás, em 2012,com aquela cidade quebrada, que devia a todo mundo e não tinha capacidade de dar assistência as pessoas. Uma cidade que tinha lixo espalhado nas ruas, totalmente esburacada, que faltava iluminação pública e onde o básico não acontecia. Chegando no oitavo ano, meu planejamento era outro”.
Por: metro1
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