SÃO PAULO / Fuga em massa de presídios pode ser armadilha para golpe
Gerar uma crise de violência neste momento, pode fazer com que parte da população peça o controle total das Forças Armadas.
Foto: PR | Reprodução |
Se isso não for verdade, um locaute de policiais e carcereiros estaria por trás do movimento. Ou seja, eles organizaram as fugas.
Mas com que objetivo fariam isso? Por que policias e carcereiros liberariam presidiários num momento desses? Estariam preocupados com a situação desses brasileiros que ficam amontoados em condições subumanas e com os riscos que ele correriam com a disseminação do Coronavírus?
Não parece algo lógico.
Sendo assim, o que parece é haver um movimento por trás dessas fugas que ainda não está claro. Mas que interessa pouco ao governador João Dória e muito a alguém que possa vir a intervir no Estado de São Paulo se a situação se agravar. Ele mesmo, o presidente da República Jair Bolsonaro.
Exatamente no momento em que está todo mundo preocupado com a saúde pública, Bolsonaro pode estar articulando a modulação de um regime de força para que ele tenha muito mais poder. Com a colaboração de estruturas policiais.
Gerar uma crise de violência neste momento, pode fazer com que parte da população peça o controle total do país pelas Forças Armadas.
Isso pode fazer com que o obscurantista ministro da Justiça Sérgio Moro encaminhe ao Congresso uma proposta de Estado de Defesa, mais popularmente conhecido por Estado de Sítio. Onde os direitos vão todos para a casa do chapéu, como diria o velho.
O Congresso ficaria numa situação complicada para negar o Estado de Defesa ao governo federal, já que com presos soltos nas ruas e o Coronavírus se espalhando em velocidade geométrica, haveria um clamor popular por ordem. Viesse de onde ela viesse.
O que está claro é que essa fuga de presos em São Paulo é mais surpreendente do que a disseminação do Coronavírus. E se ela não for controlada rapidamente, algo muito pior pode vir.
Não desconsideraria a hipótese de o governo Bolsonaro estar por trás disso se fosse o governador João Dória. E se fosse ele, reagiria imediatamente se soubesse de qualquer coisa neste sentido.
Dória precisa falar rapidamente. E agir.
Por: revistaforum
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