A jornalista Tereza Cruvinel chama a atenção para o fato de Bolsonaro ainda não ter nomeado o ministro das relações exteriores, geralmente o primeiro cargo a ser preenchido em governos recém eleitos, até para que governos estrangeiros tenham interlocutor. Ela entende que a submissão aos EUA está dada também em função disso - seja quem for o ministro, ele será subserviente aos interesses americanos, uma vez que o próprio Bolsonaro já o demonstrou batendo continência à bandeira dos EUA. Cruvinel lembra a metáfora de Carlos Menem, ex-presidente argentino, para designar o vínculo com os americanos: '
relações carnais'.
A jornalista destaca, em seu artigo publicado no Jornal do Brasil, que "
na quinta-feira, ele anunciou a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, seguindo os passos de Donald Trump e contrariando a posição historicamente assumida pelo Brasil, de respeito às aspirações do povo palestino ao seu próprio Estado, tendo a cidade sagrada como capital".
E prossegue: "
haverá alinhamento também nos órgãos multilaterais, disse Bolsonaro, na entrevista ao jornal 'Israel Hayom': 'Podem contar com o nosso voto'. O premiê Benjamin Netanyahu louvou o 'passo histórico' e prometeu vir à posse".
Ela explica que pode custar caro esse alinhamento automático: "
o custo da hostilidade aos palestinos pode ser uma drástica redução das exportações brasileiras para os países árabes, que são o quarto maior destino de produtos nacionais, atrás da China, EUA e Argentina".
Por:
brasil247
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