MEIO AMBIENTE / Força-tarefa dá início à operação de fiscalização na região de Bom Jesus da Lapa
O objetivo é fiscalizar as cidades banhadas pelo Velho Chico e localidades vizinhas, a fim de evitar e/ou minimizar os impactos causados pelas atividades de degradação no rio considerado da integração nacional. “A união de tantos órgãos e entidades representa uma ótima oportunidade para que possamos ampliar a potencialidade de atuação na defesa da sociedade, do meio ambiente e da saúde pública”, explica a promotora de Justiça e Meio Ambiente, Luciana Khoury, coordenadora da FPI.
Equipe visitando o Distrito do Projeto Formoso |
Equipe visitando lixões da região. |
FPI: começo na Bahia e expansão para Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Minas
A FPI começou em 2002, na Bahia, após os Ministérios Públicos e órgãos do estado baiano constatarem diversas causas e danos que estavam contribuindo para a morte do rio e gerando prejuízo à saúde dos moradores que residem às margens do Velho Chico e nos municípios que fazem parte da Bacia Hidrográfica. Atualmente, além da Bahia, a operação está presente em todos os estados banhados pelo rio São Francisco: Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Minas Gerais.
O Velho Chico possui área de aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados, com dois mil e 863 quiômetros de extensão. Suas águas servem para abastecimento e consumo humano, turismo, pesca e navegação.
Ao longo dos anos, vítima da degradação ambiental do homem e da exploração das usinas hidrelétricas, o Rio São Francisco tem pedido socorro. Desmatamento praticado para dar lugar às monoculturas e carvoarias que comprometem o próprio São Francisco e seus afluentes, provocando o fenômeno do assoreamento; poluição urbana, industrial, minerária e agrícola; irrigação, que além dos agrotóxicos, consome água demais, muitas vez furtada, haja vista que é captada sem a devida outorga por parte da Agência Nacional de Águas (ANA) e órgãos dos estados; barragens e hidrelétricas que expulsam comunidades inteiras e que impedem os ciclos naturais do rio; e o aumento da pobreza e o abandono da população ribeirinha, que mais sofre com as consequências de todos esses abusos são os principais problemas diagnosticados.
Por: bomjesusdalapanoticias
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