A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou com dois recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) nesta semana contra a condenação de Lula no caso do triplex de Guarujá (SP). Os advogados solicitaram que o caso seja levado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
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Fábio Pozzebom/ Agência Brasil |
Condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-chefe de Estado é, hoje, o nome mais popular no cenário político brasileiro, favorito nas pesquisas de intenção de votos para a eleição presidencial de outubro. Solto e concorrendo,
Lula terá uma competição relativamente fácil na corrida por seu terceiro mandato. Mas, e se ele continuar preso e não puder disputar o pleito de 2018?
O Diretório Nacional do PT decidiu na última segunda-feira oficializar a candidatura de Luiz Inácio à Presidência da República, afirmando que ele é a única aposta do partido para a corrida.
Para o professor Carlos Eduardo Martins, cientista político da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), há hoje uma "
intervenção arbitrária da Justiça", impedindo "uma candidatura que é a preferida do eleitorado". Segundo ele, o "
golpe de Estado" ocorrido no país provocou um desmantelamento da esquerda, de modo que não há nenhum substituto claro para a liderança desse campo.
Num cenário com Lula, Martins acredita que não há dúvidas de que o ex-presidente seria reeleito já no primeiro turno, graças ao seu eleitorado consolidado, que "
tem suportado toda a ofensiva midiática contra a imagem do presidente Lula".
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Esse é o grande medo da direita brasileira, que não consegue vencer uma eleição presidencial desde 1998. Vão fazer 20 anos", disse ele em entrevista à
Sputnik Brasil.
Sem o líder petista no pleito, o especialista descreve o cenário como muito "
incerto".
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Eu acho que esse cenário de hoje é muito mais aberto para a improvisação de um candidato que seja celebrado no espaço midiático", afirmou. "
Eu acho bastante possível que possa surgir um Joaquim Barbosa, um candidato improvisado pela mídia que reúna certas características que possam torná-lo palatável para a população".
No caso do deputado federal
Jair Bolsonaro (PSL-RJ), segundo mais citado nas pesquisas de voto, corre por fora na disputa de outubro, como o "
candidato dos frustrados" da sociedade brasileira, que não tem uma alternativa coletiva e um projeto de Estado que represente setores organizados.
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Bolsonaro é a candidatura do ódio, daqueles que estão com ódio da realidade, e que não tem nenhuma forma organizada de superar a dramática crise brasileira."
Por:
sputniknews
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