ACREDITE SE QUISER / Não é fake news: Bloco de carnaval celebra tortura na ditadura
O bloco está marcado para o dia 10 de fevereiro, sábado de Carnaval. No evento no Facebook, o grupo fala que “haverá cerveja, opressão, carne, opressão, marchinhas opressoras”.
Após polêmica sobre o nome da agremiação, o dono do bar que cederia o espaço para o grupo no bairro de Água Branca, em São Paulo, cancelou o evento e agora os organizadores ainda procuram um novo lugar. Sem espaço para o bloco e contrários à vereadora Sâmia Bonfim (PSOL) – que emitiu nota contra o bloco – e ao líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, os integrantes da Direita São Paulo agora falam pelas redes sociais em ficar da frente da casa de um deles.
A vereadora afirmou na nota que vai acionar a equipe jurídica para analisar medidas a serem tomadas contra o bloco por celebrar a tortura na ditadura militar. “Não há nada de engraçado nisso. Tampouco esta provocação tem a ver com Carnaval. Nossa legislação é clara em definir como crime a apologia à tortura e a incitação à violência”, afirma a parlamentar.
Em vídeos publicados nas redes sociais, Douglas Garcia, vice-presidente da Direita São Paulo e organizador do bloco, afirma que quem reage à agremiação é “essa galera que não apanhou da mãe e do pai quando eram crianças e hoje vive revoltada com o sistema”.
Apesar da condenação de Ustra, ele diz ainda que o coronel não torturou presos políticos. Para o vice-presidente do grupo, os crimes eram uma resposta a ações de comunistas no período da ditadura.
Em votação, que derrubou a presidente Dilma do Poder, o Deputado Jair Bolsonaro elogia o torturador Brilhante Ustra. Veja:
Por: ne10
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