O procurador Rodrigo Janot afirma que o núcleo político e econômico do PMDB, comandado pelo atual presidente Michel Temer, gestou vários planos para obstrução da operação Lava Jato, com utilização desvirtuada das funções e prerrogativas do poder legislativo, cooptação e tentativa de cooptação de membros do poder judiciário e desestruturação, por vingança e precaução, a futuras atuações do Ministério Público.
De acordo com a reportagem do jornal Nacional, a denúncia cita ações do grupo contra a Lava Jato como a articulação para aprovação de lei de abuso de autoridade ou anistias a crimes. Janot diz que, em razão desse temor, entre fevereiro e junho de 2016, Lúcio Funaro, antes de ser preso, acertou com Joesley Batista, membro do núcleo econômico da parcela da organização criminosa ligada ao grupo do "
PMDB da Câmara", um "
pacto de silêncio".
Foi, então, oferecido por Joesley a Lúcio Funaro um contrato de R$ 100 milhões para, além de conferir verniz de legalidade a atos criminosos perpetrados por ambos, mantê-lo em silêncio. O contrato foi elaborado em dezembro de 2015 ou janeiro de 2016, mas foi assinado com data retroativa a 2012.
A denúncia descreve que a J&F, por determinação de Joesley Batista, criou uma espécie de pagamento mensal no valor de R$ 600 mil e, em outras oportunidades, R$ 400 mil, a serem pagos diretamente a Lúcio Funaro ou, se preso, a pessoas ligadas a eles. O dinheiro acabou sendo entregue aos irmãos de Lúcio Funaro, Dante e Roberta.
Por:
noticiasaominuto
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