BRASIL / Movimento de mulheres de policiais chega ao Rio de Janeiro
Após o movimento de mulheres de policiais militares começar no último sábado (4) no Espírito Santo, ele chegou ao Rio de Janeiro. Familiares de policiais estão na porta dos batalhões cariocas e impedem que os agentes comecem os trabalhos nesta sexta-feira (10). Mais cedo, houve um boato de que o movimento também teria chegado a Minas Gerais, mas a PM local desmintiu.
No Rio, mulheres ocupam a frente de cerca de 20 batalhões com cartazes e faixas e dão as mãos a fim de evitar a saída de viaturas. Elas cobraram plano de saúde, pagamento de auxílio invalidez e adicional noturno e de periculosidade.
Apesar dos protestos, a Polícia Militar garante pelas redes sociais que não existe greve no Estado. Porém, é possível observar pelas ruas que o policiamento não está regular e que ninguém consegue sair dos batalhões.
Às 6h, 16 mulheres tentavam interditar a porta da sede do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio, trajando camisetas com as palavras "basta" e "dignidade" e portando faixa com a inscrição: "Eles não podem! Nós podemos! Familiares em apoio ao policial militar. Sangue e vitória".
As mulheres se organizaram por grupo de WhatsApp e informam que pretendem protestar por tempo indeterminado. "Se o governo não paga, não vai ter mais policiamento", afirmou uma das manifestantes. Elas não querem ser identificadas, alegando que isso poderá gerar algum tipo de represália aos maridos.
Espírito Santo
Na Grande Vitória, os policiais não estão nas ruas desde sábado (4), quando foi iniciado o movimento dos familiares. Nesta madrugada, após mais de 10 horas de negociação, a reunião entre os representantes do governo do Espírito Santo e os familiares dos policiais do Estado acabou sem uma resolução entre as partes.
A ata da reunião mostra a proposta dos representantes do governo. Nela, é proposto que o movimento acabe na manhã desta sexta, com a desobstrução dos acessos das unidades da Polícia Militar. Além disso, pede para que todos os policiais retomem suas atividades regularmente.
A proposta do governo garante que os crimes e as infrações dos policiais serão apurados com isenção e sem perseguição aos que participaram do movimento. O documento foi assinado apenas pelo comitê de negociação. As famílias dos policiais não assinaram o acordo.
Desde sábado, os policiais estão paralisados. Até o momento, foram registrados 113 homicídios na região e aconteceu uma onda de saques e roubos.
Por: R7, com Record TV e Estadão Conteúdo
Nenhum comentário:
Obrigado pelo seu comentário. A área de comentários visa promover um debate sobre o assunto tratado na matéria e não troca de ofensas entre leitores. Comentários anônimos e com tons ofensivos, preconceituosos e que firam a ética e a moral não serão liberados.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site Val Bahia News.