MEIO AMBIENTE / Ato em Salvador protesta contra abate de jegues no interior da Bahia
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Ato em Salvador reuniu organizações de defesa dos animais como Bicho Feliz e Bicho Não é Lixo. Sayonara Moreno/Agência Brasil |
Segundo Gislane, o estado permite que isso ocorra, pois existe uma regulamentação recente que permite o abate inspecionado dos jegues.
A Seagri informou, em nota, que a portaria existe desde o dia 6 de julho e confirma os abates, que “foram inspecionados por cinco médicos veterinários da agência, que garantiram o cumprimento de todas as exigências higiênico-sanitárias e de bem-estar animal”. Com isso, o procedimento é semelhante ao feito em bovinos, informa.
A secretaria confirmou que o couro dos animais abatidos “vai ser vendido aos chineses, a carne fornecida ao zoológico e o resíduo restante será transformado em ração animal”.
Ministério Público
Após a representação movida pelas entidades de defesa dos animais, membros do Ministério Público do estado estiveram nos abatedouros e, após as visitas, recomendou, no último dia 18, aos frigoríficos, que não façam mais os abates de jegues, equídeos, mulas, jumentos e quaisquer animais do gênero. Segundo o MP, o descumprimento da recomendação pode gerar pena de responsabilização civil, administrativa e criminal.
A recomendação a um dos frigoríficos é de que os animais sejam encaminhados a pastagens, com disponibilização de água, alimento e abrigo adequados, devidamente comprovados por laudo técnico. No mesmo documento, consta a quantidade de animais mortos durante o período de dez dias: um total de 978 animais. Além disso, as condições dos locais de abate não são adequadas para garantir a segurança dos trabalhadores e o bem-estar animal dos jumentos.
A Seagri defende que “a regulamentação do abate garante a abertura de novos mercados, com foco na exportação de pele para a China e promove um efeito amenizador, de forma humanitária e ética, no problema histórico dos animais errantes que, além de provocar acidentes em rodovias, servem como agentes disseminadores de doenças infecciosas e zoonoses”. Por: Sayonara Moreno / Correspondente da Agência Brasil

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