ECONOMIA / Banco do Brasil quer desfazer a sociedade com os Correios
A parceria entre os Correios e o Banco do Brasil, que começou há cinco anos, pode acabar neste ano. O motivo é a discordância entres os sócios em relação ao objetivo e, principalmente, valor do negócio. No início, o acordo foi lucrativo para a estatal, mas nos últimos três anos o prejuízo foi de R$2,1 bilhões.
Os Correios enxergam a sociedade como uma oportunidade de injetar dinheiro e sair do vermelho, já que o melhor ano para eles foi em 2012, impactado pelo negócio com o banco público. Já para o BB, manter a sociedade diante da atual conjuntura econômica e a mudança de comportamento do consumidor, que está indo menos às agências devido as transações digitais e remotas, parece menos vantajoso.
Custo
As duas empresas são sócias desde maio de 2011 e atuam na prestação de serviços bancários. O Banco do Brasil conquistou a sociedade em um leilão, e já no ano seguinte passou a atuar em mais de 6 mil agências dos Correios, com o serviço do Banco Postal. O contrato tem validade de cinco e anos e poderia ser renovado por mais cinco, se o BB concordasse. Sem ele, os Correios terão que leiloar novamente. Mas segundo a avaliação dos maiores bancos do país, diante do cenário econômico, há pouco interesse em explorar agências de redes estatais, já que diminuiu a atratividade do canal com os avanços digitais. O Banco do Brasil acredita que devido essa transformação é necessária uma adaptação por parte da estatal, que tem custos elevados. Para o presidente dos Correios, Guilherme Campos, o investimento é alto, pois necessita ser adequado em segurança e questões trabalhistas.
Importância para os usuários
Segundo o Banco Central, essa fusão foi importante para proporcionar serviços em regiões que não tinham agências bancárias, realidade de muitos municípios do interior. De acordo com o BC, 1.987 cidades brasileiras não possuem bancos, mas em 1.633 delas, há a possibilidade de atendimento pelo Correios. Por:
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