POLÍTICA / Delação da Odebrecht terá Temer, 13 governadores e 100 parlamentares
Este esboço que vem sendo negociado incluiria a participação de quase 50 executivos da empresa que tiveram, em diferentes momentos, participação no esquema de “financiamento ilícito e ilegal” de atividades político-partidárias, conforme definição da própria Odebrecht em sua nota de março, quando anunciou uma “colaboração definitiva” com a Lava Jato.
A delação que assombra o mundo político deve implicar vários partidos, como PMDB, PSDB, PT, PP, DEM e outros, 13 governadores (ou ex-governadores) e cerca de 100 parlamentares que teriam recebido recursos ilícitos, derivados do fechamento de contratos com a Petrobrás e outras estatais, sob a forma de doações . Algumas declaradas oficialmente, outras por debaixo do pano, o popular caixa dois.
O detalhamento dos R$ 50 milhões destinados ao PMDB não deixaria pedra sobre pedra na cúpula do partido que hoje comanda o governo.
Temer, pessoalmente, é alvo de outras duas citações na Lava Jato que vêm sendo deixadas no esquecimento. Uma aparece na transcrição de conversa por rede eletrônica entre Léo Pinheiro, da OAS, e Eduardo Cunha, que reclama de um pagamento de R$ 5 milhões a Temer, sem retirar a parcela de outros peemedebistas. Pinheiro então diz que explicará melhor depois, mas esclarece que se trata de recursos relacionados com outra coisa, a concessão do aeroporto de Guarulhos à OAS.
A informação sobre o suposto pagamento a Temer aparece na manifestação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, ao fundamentar a autorização para a Operação Catilinárias, em dezembro passado. Eis um trecho do pedido do procurador-geral Rodrigo Janot, transcrito por Teori ao autorizar a operação: “Eduardo Cunha cobrou Léo Pinheiro por ter pago, de uma vez, para Michel Temer, a quantia de R$ 5 milhões, tendo adiado os compromissos com a 'turma'.” Na época, Temer explicou tratar-se de uma doação legal de R$ 5 milhões da OAS ao PMDB . A Folha de São Paulo tratou do assunto na matéria que pode ser acessada pelo seguinte link.
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Voltou ao assunto este ano nesta outra matéria:
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Em 23 de abril deste ano a Folha publicou o editorial “Sombra sobre Temer”, que aborda outra citação ao hoje presidente interino, esta feita pelo executivo da construtora Engevix, José Antônio Sobrinho. Ele declara ter sido pressionado a pagar um milhão de reais para a campanha de Temer em 2014. “Não se trata do único caso. A própria delação premiada de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ex-líder do governo no Senado –documento importante na constituição de todo o clima favorável ao impeachment de Dilma–, menciona o vice-presidente como padrinho na indicação de diretores da Petrobras hoje acusados de corrupção”, diz um trecho do editorial que pode ser lido aqui: Link 3
Estes dois assuntos, entretanto, sumiram do noticiário. Mas na Lava Jato, tudo um dia volta a circular. Por: Brasil247
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