BAHIA / MISTÉRIO: Doença rara e incurável tem alta incidência em região da Bahia; Cientistas buscam razões
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Foto: Reprodução Internet |
A epidermólise bolhosa causa bolhas na pele e membranas mucosas. Essa doença é rara e ainda não tem cura, mas não é contagiosa.
Vitória da Conquista possui seis casos da doença, mas o que chama mais atenção é a quantidade de portadores da epidermólise bolhosa em Barra da Estiva: são oito casos na cidade de 22.394 habitantes.
“Iniciamos o estudo e estamos em buscas de respostas para saber porque a doença atinge tantas pessoas aqui na região. Sabemos que ela é transmitida por meio de um gene recessivo [com menos probabilidade de se desenvolver], mas precisamos de mais detalhes para se entender mais o motivo da quantidade de casos e tentar fazer algo”, disse a médica dermatologista Maria Ester Ventim.
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Arte: Marcelo Monteiro/Reprodução Portal UAI |
No Núcleo, os pacientes (a maioria das crianças) possuem atendimento multidisciplinar, com psicólogo, médicos dermatologistas, assistente social, enfermeiros, dentre outros profissionais.
“Procuramos levar o máximo de informação para os pais, parentes e a sociedade em geral sobre a doença. Não fazemos apenas o tratamento, buscamos também maior consciência das pessoas sobre o que é a epidermólise bolhosa, sobre a qual existe muito preconceito. Muitos acham que ela é contagiosa, mas não é”, disse Maria Ester.
Para levar mais consciência às pessoas, o Núcleo promoveu neste sábado (11) o I Simpósio Sobre Epidermólise Bolhosa do Sudoeste da Bahia, em parceria com a Liga Acadêmica de Dermatologia Clínica e Cirúrgica.
O evento, que ocorreu na UESB, foi mais uma forma de fortalecer os laços entre as famílias dos pacientes, que passaram a se unir com a criação, há cinco anos, de um pólo da Afapeb (Associação de Familiares, Amigos e Portadores de Epidermólise Bolhosa da Bahia).
“Aos poucos, fomos vendo que eram muitos casos aqui na região e então resolvemos nos unir, buscamos informações e criamos o pólo, que tem nos ajudado muito”, disse a professora Adriana Alves, mãe de um menino de 9 anos, portador da doença.
Uma das vitórias da associação, em Vitória da Conquista, foi conseguir na Justiça a garantia do fornecimento de dermocosméticos, medicamentos e suplementos alimentares, já que os portadores da doença sofrem com a desnutrição — a epidermólise bolhosa atinge a pele tanto na parte externa quanto interna, interferindo em todo o revestimento do sistema digestório.
A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza R$ 408.000 por ano para os pacientes.
Os medicamentos, que não fazem parte da relação de medicamentos que o município deve oferecer por meio da Farmácia da Família, são comprados junto a fornecedores, via licitação. Para solicitá-los, os responsáveis pela criança devem apresentar receitas ou relatórios médicos detalhados. Por: Suicabaiana

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