POLÍTICA / Os homens investigados de Michel Temer
O objetivo das nomeações é priorizar o apoio no Congresso para viabilizar a aprovação de propostas especialmente da pauta econômica. No núcleo duro estão Eliseu Padilha (Casa Civil), Romero Jucá (Planejamento), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Henrique Eduardo Alves (Turismo), todos ex-integrantes de governos petistas.
Dos 32 ministérios, a Esplanada passa a ter 24 pastas. A equipe do peemedebista fará nos próximos dias o detalhamento dos cargos de segundo e terceiro escalão para definir cortes administrativos.
À frente da Casa Civil, Padilha tem uma planilha detalhada de distribuição de cargos. Entre abril e setembro do ano passado, quando Temer assumiu a articulação política de Dilma, o ministro atuou como braço-direito do então vice-presidente.
Dos ministérios extintos, Direitos Humanos foi fundido com Justiça, Cultura com Educação, Comunicações com Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Agrário com Desenvolvimento Social. Transportes, Portos e Aviação Civil são uma só pasta. Já a Controladoria Geral da República (CGU) se tornou Ministério da Transparência.
Investigados
Eliseu Padilha foi alvo de acusações de irregularidades no pagamento de precatórios na época do governo de Fernando Henrique Cardoso.
Citado pelo doleiro Alberto Youssef em delação premiada naOperação Lava Jato, Henrique Alves é acusado de receber dinheiro desviado da Petrobras. Em dezembro, sua casa foi alvo de operação da Polícia Federal.
Romero Jucá é acusado de ter recebido propina também no esuqema do petrolão. A delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia deu origem a um inquérito que investiga o senador. Jucá teria pedido R$ 1,5 milhão em doações para as eleições de 2014 em Roraima, quando seu filho, Rodrigo Jucá, de 34 anos, foi candidato a vice-governador.
Geddel Vieira Lima é suspeito de negociar propina com a OAS. Ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, o deputado Mauricio Quintella Lessa (PR-AL) foi condenado em agosto de 2014 envolvido em um esquema de desvio de dinheiro destinado ao pagamento de merenda escolar em Alagoas, entre 2003 e 2005, quando era secretário de Educação do Estado. Todos negam as acusações.
Responsável pelo voto decisivo para saída de Dilma na Câmara, o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), que vai ocupar a pasta de Cidades, tem seu nome citado em uma lista de doações suspeitas feitas pela empreiteira Odebrecht. Na mesma situação está o deputado Ricardo Barros (PP-PR), novo ministro da Saúde. Por: Brasilpost
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