POLÍTICA / JACOBINA: Eliana Calmon e a lei que protege os corruptos de plantão

A ministra Eliana Calmon, ex-presidente do Conselho Nacional de Justiça e membro do Superior Tribunal de Justiça, é o que se pode chamar de "a última dos moicanos".

Depois de combater aqueles classificados por elas como sendo "bandidos de toga" e de ter feito uma verdadeira revolução no Poder Judiciário, aumentando o número de processos julgados e concluídos e de ter moralizado em sua pasta um sistema até então obscuro, ela esteve em Jacobina, onde proferiu palestra abordando um tema que conhece a fundo: a corrupção na gestão pública e as leis protetoras que ajudam os corruptos a se darem bem.

Assim, a ministra Calmon pretende chegar ao Senado para lutar por leis mais severas contra os corruptos.

Só que, antes, ela terá que vencer uma eleição contra dois caciques da política baiana: o vice-governador Otto Alencar, carlista de carteirinha que foi parar no berço petista, e Geddel Vieira Lima, candidato pela oposição que até há poucos meses fazia parte do governo Dilma Rousseff.

A próxima eleição para o Senado será uma oportunidade para o eleitor da Bahia escolher, com absoluta clareza, entre dois métodos de se fazer política, duas formas de se lidar com a coisa pública e com as leis.

Eliana Calmon, a "última dos moicanos", terá pela frente uma missão das mais difíceis e isso para não dizer impossível: convencer os eleitores baianos a não votarem errado mais uma vez.

Mas dificuldade nunca foi problema para essa baiana exemplar que vem enfrentando corruptos e malfeitores que estão nos podres poderes públicos deste País.

Ela esteve em Jacobina, proferiu palestra, nesta segunda-feira, no Sindicato dos Comerciários, deixou uma excelente impressão e mostrou que pretende continuar sendo uma combatente contra aqueles que promovem a sua sanha diária, cometendo crimes de malversação de verbas públicas sob a proteção de leis cheias de brechas e vícios. Da redação do Corino Urgente