MUNDO / Mais palestinos mortos após Israel iniciar ofensiva terrestre em Gaza
O número de palestinos mortos desde o início da atual ofensiva israelense na Faixa de Gaza subiu para 265 na manhã desta sexta-feira (18/07), o 11º dia da operação militar que, segundo Israel, foi iniciada para acabar com o lançamento de foguetes sobre o território israelense.
Segundo uma organização palestina de direitos humanos, mais de 80% das vítimas são civis. Ao menos 24 pessoas morreram na Faixa de Gaza somente na noite de quinta para sexta-feira, depois do início da fase terrestre da operação militar de Israel. Entre os mortos está um bebê de 5 meses. Além dos mortos, mais de 1.900 palestinos ficaram feridos desde o início da operação israelense, em 8 de julho.
Do lado israelense, o Exército divulgou que um soldado foi morto na noite de quinta para sexta no norte de Gaza. É o primeiro militar israelense a morrer na operação. No total, Israel contabilizou dois mortos até agora. Militantes em Gaza dispararam mais de 1.500 foguetes contra o território israelense, e outros cerca de 300 foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis israelense.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que a operação militar terrestre é essencial para atingir os túneis do movimento de resistência islâmica Hamas na Faixa de Gaza, já que os bombardeios seriam insuficientes.
"Não é possível resolver [o problema] dos túneis apenas a partir do ar, os nossos soldados vão fazer isso em terra", declarou Netanyahu no início de uma reunião do governo. O Exército vai atacar os "túneis do terror" que vão de Gaza a Israel, sublinhou. A incursão terrestre foi decidida "depois de terem sido esgotadas todas as opções e com a consciência de que o preço a pagar pode ser alto", afirmou o primeiro-ministro.
Homem ferido é atendido num hospital na cidade de Gaza |
Netanyahu adiantou que, nas últimas horas, falou com vários líderes internacionais para explicar "a situação impossível que sofre Israel", insistindo que o seu país combate "com moderação uma organização terrorista assassina", o Hamas.
"O nosso objetivo é restabelecer a segurança dos cidadãos de Israel e devolver a calma ao país", disse. "Combatemos apenas os terroristas e não pessoas que não estejam envolvidas no conflito", sublinhou o primeiro-ministro, que acusou as milícias em Gaza de usar a população civil como "escudos humanos".
Netanyahu reconheceu que as críticas internacionais "são inevitáveis" perante as mortes colaterais da ofensiva e responsabilizou o "Hamas e só o Hamas" pelas vítimas inocentes do conflito.
Esta é a terceira ofensiva israelense na Faixa de Gaza desde que, em 2007, o Hamas assumiu o controle do enclave palestino. A União Europeia e os Estados Unidos, entre outros países, classificam o Hamas como organização terrorista. Fonte: www.dw.de
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