BRASIL / Dilma e Aécio polemizam sobre reestruturação do futebol brasileiro

A derrota humilhante do Brasil para a Alemanha gerou intenso debate sobre a gestão do futebol brasileiro e chegou à disputa presidencial com a polêmica entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Isso, mesmo com os postulantes ao Palácio do Planalto afirmando que não misturariam Copa e eleições.

Nesta sexta (11), Aécio acusou o governo de "oportunismo" na discussão  e atacou a declaração do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que defendeu maior interferência do Estado na gestão do futebol. "O País não precisa da criação de uma 'Futebras'", disse Aécio, tentanto associar às estatais brasileiras. 

Em nota, Aécio reforçou a crítica ao excesso de intervenção estatal em diversos setores. "O futebol brasileiro precisa, é claro, de uma profunda reformulação. Mas não é hora de oportunismo. Principalmente daqueles que estão no governo há 12 anos e nada fizeram para melhorá-lo. E nada pode ser pior do que a intervenção estatal. O país não precisa da criação de uma 'Futebras'. Precisa de profissionalismo, gestão, de uma Lei de Responsabilidade do Esporte. Com foco nos atletas, nos clubes e nos torcedores", disse.

DILMA CONTRA-ATACA

Em sua conta no Twitter, Dilma rebateu as críticas. "Os que queriam transformar a Petrobrás em Petrobrax, desvirtuam, agora, nossa posição de apoiar a renovação do nosso futebol", disse Dilma neste sábado (12). "O Brasil não quer criar a Futebrás, mas acabar com a Futebrax e deixar de ser um mero exportador de talentos", postou em resposta ao candidato do PSDB.

A petista afirmou que o governo não quer comandar o futebol. “Pois ele não pode, nem deve ser estatal. Queremos ajudar a modernizá-lo. Contem conosco para isso", declarou.  Ainda de acordo com a presidente, "temos um imenso talento e amor pelo futebol" e a gora, "temos agora os melhores estádios". Para ela, "com renovação, teremos sempre o melhor futebol do mundo".

Após a derrota da Seleção, Dilma anunciou que quer aproveitar a proposta de renegociação das dívidas dos clubes, para exigir uma contrapartida, estabelecida em lei aprovada pelo Congresso.

Entre as exigências estaria maior transparência em suas contas, punição ao clube com rebaixamento automático da primeira para a segunda divisão, do time que atrasar pagamento de salário dos jogadores. Fonte: www.bahiatododia.com.br