Eleição no Bahia estimada para dia 24

Depois de um período turbulento, os torcedores do Bahia poderão viver uma nova etapa na vida do clube. A intervenção judicial programa as eleições para o dia 24 de agosto, uma semana após a Assembleia Geral de sócios, que acontece no dia 17. Informações ainda não oficializadas indicam que os dois momentos ocorrerão na Arena Fonte Nova.

 

"Nosso planejamento é fazer até o dia 31 de agosto. Ainda estamos estudando a melhor data para posteriormente divulgar nos canais de informação. Temos buscado no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE) o empréstimo de urnas eletrônicas para facilitar o processo de escolha do novo mandatário tricolor. É uma forma de dar lisura e facilitar a realização das eleições", disse o interventor Carlos Rátis.

 

Segundo ele, existe ainda a possibilidade de o novo presidente assumir um mandato tampão para fechar os 16 meses restantes da gestão de Marcelo Guimarães Filho. Os mais de 15 mil novos filiados do Bahia poderão comparecer na eleição do dia 24, mas só poderão votar caso haja uma alteração no estatuto registrado em cartório, relativo ao ano de 2008.

 

É os sócios só podem participar da vida política do Bahia após um período de carência de 12 meses. O recadastramento aponta 938 sócios aptos  a votar, que poderiam permitir ou não a alteração no estatuto. Acontece que, cerca de 40% destes sócios, não pagaram as taxas de contribuição do clube.

 

O colégio eleitoral do Bahia é, portanto, composto atualmente por aproximadamente 600 pessoas. Isso gerou uma situação difícil. Para formar o Conselho Deliberativo são necessários 300 sócios e mais 100 suplentes. Se duas chapas concorrerem serão precisos 800 nomes. Também pelo estatuto, um filiado que se candidata ao cargo de conselheiro precisa de 36 meses (3 anos) como sócio.

 

"Seiscentas pessoas votarem em 800 é uma situação que foge a proporcionalidade", define Carlos Rátis. Na última eleição de conselheiros do Bahia, em 2011, por exemplo, 216 pessoas votaram em 400 (chapa única). Para impedir esta distorção, baseado no Código Civil, a interventoria acredita que seja importante a incorporação dos novos filiados na eleição.Fonte: bahiatododia