Equipamento turístico é parte do projeto Caminhos do Sertão
A cidade de Feira de Santana, situada na zona turística dos Caminhos do Sertão, está prestes a receber um novo e significativo equipamento turístico: o Museu História do Cangaço. Localizado no distrito de Tiquaraçu, próximo ao restaurante O Caipira, o museu será sediado em uma casa de taipa e terá como objetivo principal preservar a memória de um dos movimentos sociais e políticos mais marcantes do Nordeste brasileiro, ocorrido no final do século 19 e início do século 20. Com o apoio da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur-BA), o projeto foi oficialmente lançado com uma série de atividades, incluindo palestras, exibição de vídeos, apresentações de cordel e música nordestina. A previsão é que o museu comece a receber visitantes ainda neste semestre.
A idealização e realização do Museu História do Cangaço são frutos da iniciativa da empresária Tatiane Santiago, que nutre uma profunda paixão pela cultura do cangaço. O objetivo do museu é proporcionar um espaço de compartilhamento de histórias não apenas para os clientes do restaurante, mas também para turistas e estudantes interessados no tema. O acervo contará com uma variedade de itens, desde objetos originais pertencentes a integrantes do movimento até peças nordestinas antigas, fotografias e réplicas de artefatos históricos, como uma máquina datilográfica utilizada pelos cangaceiros na época.
Dentre as preciosidades que serão expostas, destacam-se o parabelo (pistola) e o caneco utilizados pelo lendário cangaceiro Corisco. A importância de preservar e divulgar a história do cangaço foi enfatizada por Indaiá dos Santos, neta de Corisco, durante o evento de lançamento do museu. Ela ressaltou a necessidade de disseminar a verdadeira história do movimento, sem deturpações, para esclarecer os motivos que levaram Lampião a liderar esse grupo.
Para Valdernor Cardoso, assessor especial da Setur-BA, o Museu História do Cangaço não apenas será uma nova atração turística na região dos Caminhos do Sertão, mas também desempenhará um papel crucial na preservação da memória histórica e na valorização da cultura do cangaço. Além disso, ele será uma fonte de pesquisa fundamental para os estudantes locais, contribuindo para um melhor entendimento da verdadeira importância desse movimento na história do Nordeste.
Por:
jornalgrandebahia
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