Eduardo Suplicy pediu a prisão de Carlos Massa, o Ratinho, após o apresentador do SBT defender intervenção militar e medidas higienistas contra mendigos e atacar a Constituição Federal. O vereador de São Paulo pelo PT também desafiou o comunicador a um debate sobre a ditadura, vigente no Brasil entre 1964 a 1985.
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Eduardo Suplicy e Ratinho; vereador pediu a prisão do apresentador por defender intervenção militar. |
"Por suas declarações em favor da ditadura militar, Ratinho está a merecer punição semelhante à do deputado Daniel Silveira (PSL-SP). Por 11x0 o STF decidiu que ele deve estar preso", argumentou o político, fazendo paralelo com o parlamentar bolsonarista que foi detido na noite da última terça-feira (16) por atacar o STF (Supremo Tribunal Federal) e teve sua prisão preventiva referendada por unanimidade pela Corte no dia seguinte.
"Desafio o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, a realizar um debate em que ele venha a defender a volta dos militares ao poder no Brasil, como aconteceu de 1964 em diante, na ditadura militar, e a extinção por expulsão da população de rua, por meio da força e das armas, em que eu tenha a oportunidade de defender a democracia e a instituições que signifiquem a realização da justiça", acrescentou o ex-senador, defensor da implantação da renda básica de cidadania como instrumento de redução da pobreza.
O pai de Supla também rebateu Ratinho ao dizer que a maioria da população não é favorável à volta dos militares ao poder. "Diferentemente do que ele afirma, tenho a certeza de que o povo optará pela democracia", salientou.
Apoiador da ditadura militar
No dia (17), Ratinho, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro, sugeriu, em seu programa na Rádio Massa, de sua propriedade, a volta dos "homens do botão dourado" para "colocar ordem na casa", em alusão aos uniformes dos militares.
O apresentador também disse ser favorável a ações contra moradores de rua, mencionando como exemplos medidas adotadas pelo ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, e o ex-primeiro ministro de Singapura, Lee Kuan Yew (1923-2015), que governou o país asiático por 31 anos e ficou conhecido por suprimir liberdades individuais.
"Está na hora de fazer igual foi feito em Singapura. Entrou um general, consertou o país e, um ano depois, fez as eleições. Mas primeiro consertou, chamou todos denunciados e disse: 'Vocês têm 24 horas para sair do país ou serão fuzilados'. Limpou Singapura", afirmou.
"Ele (Rudolph Giuliani) pesquisou do que o povo tinha medo e era dos mendigos batendo nas portas. Ele limpou os mendigos da cidade. Do que as pessoas tinham medo? Morador de rua. Ele tirou todos os moradores de rua e deu um lugar para os caras se virarem. Ele limpou tudo e a imprensa ficou a favor dele. Aqui, se mexer com morador de rua, a imprensa cai em cima do político", comentou o âncora do SBT.
Por:
uol
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