MAIS PROMESSAS / Se eleito, Bolsonaro cortará ministérios pela metade e defenderá Estado menor, diz coordenador
Pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante sabatina em Brasília 06/06/2018 REUTERS/Adriano Machado |
Esses detalhes vão constar do programa de governo de Bolsonaro que, conforme o coordenador, está sendo elaborado por Onyx, o economista Paulo Guedes e uma equipe grande de acadêmicos e funcionários públicos. O programa de governo vai ser divulgado, segundo ele, na última semana de julho.
Onyx disse que também haverá um corte “muito intenso” nos cargos em comissão do governo federal. “O governo vai ser muito enxuto. O nosso conceito é buscar a eficiência”, disse o coordenador. “O governo vai diminuir para que as pessoas possam avançar”, reforçou.
O coordenador reafirmou a posição de Bolsonaro —apresentada em sabatina na quarta-feira no jornal Correio Braziliense— de não elevar a carga tributária. “Antes de ser presidente, ele disse que não vai aumentar impostos. Vai sim é buscar a redução”, disse.
BASE PARLAMENTAR
Segundo Onyx, Bolsonaro —líder das pesquisas de intenção de voto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso— conta atualmente com uma base de 63 deputados de várias legendas. O coordenador disse que os apoiadores vão chegar a 100 até o fim de julho.
Ele confirmou que tem organizado encontros e participado de reuniões com parlamentares de outros partidos em apoio ao pré-candidato do PSL.
O senador Magno Malta (PR-ES) é um dos que tem participado desses encontros. Malta afirmou à Reuters que Bolsonaro convidou-o para ser vice na chapa presidencial, mas ele disse que ainda não se decidiu.
“Minha vida está nas mãos de Deus e não digo que dessa água eu não bebo”, disse ele, evangélico que no momento disse que trabalha para se reeleger ao Senado.
Malta avalia que, se virar vice de Bolsonaro, a bancada do PR poderá até dobrar de tamanho na Câmara —atualmente ela conta com 41 deputados.
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou esta semana o arquivamento do inquérito contra Onyx sob suspeita de ter cometido crime de caixa 2 nas eleições de 2006 com base na delação do ex-executivo da Odebrecht Alexandrino de Alencar.
A acusação feita pelo delator era que Onyx teria recebido 175 mil reais naquela campanha, operação essa que teria sido registrada no sistema paralelo de contabilidade da Odebrecht.
Por: reuters
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