POLÍTICA / O que a Globo e Judiciário não falaram / Nenhuma das ações anunciadas contra Alckmin dará em prisão
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Foto: Divulgação |
O mesmo conteúdo que gerou a ação civil pública também rechea uma investigação contra Alckmin que saiu do Superior Tribunal de Justiça para as mãos da Justiça Eleitoral, a pedido da vice-procuradoria geral da República.
Essa decisão ocorreu porque, na visão do Ministério Público Federal, não há evidência de que a Odebrecht tenha recebido alguma contrapartida por ter feito doação de R$ 10 milhões às campanhas de Alckmin, via caixa 2. Ou seja, não haveria base para uma ação por corrupção passiva e lavagem.
Dessa forma, o tucano reponderá por crime eleitoral.
Certo é que o processo por caixa 2 na Justiça Eleitoral é muito mais suave do que sofrer os desgastes da Lava Jato em primeira instância por corrupção passiva.
A começar pelo fato de que o caixa 2 é crime, mas "não está tipificado, ou seja, explícito na lei. Por isso, pode ser enquadrado de diversas formas, a depender da interpretação do juiz."
Na maioria dos casos, entra como "falsidade ideológica" e tem pena de até 5 anos de prisão. Pode também cair na "Lei do Colarinho Branco", que é "manter ou movimentar recurso ou valor paralelamente à contabilidade exigida pela legislação", ou na "Lei contra Crimes Tributários". Nestes casos, a pena é de 2 a 5 anos e multa.
Reportagem da Folha mostrou, contudo, que nenhum político jamais foi preso por caixa 2. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral e indicam que a jurisprudência não está consolidada.
Os processados por corrupção passiva - recebimento de vantagem indevida, na forma de caixa 2 - podem ser condenados a até 12 anos de prisão.
Por: jornalggn

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