SÃO JOSÉ DO JACUÍPE / Duas histórias do interior baiano vão virar filmes do Revelando os Brasis VI; uma delas na São José do Jacuípe
O Revelando os Brasis promove a democratizaçãodo acesso aos meios de produção audiovisual, oferecendo aos moradores das pequenas cidades a possibilidade de contar suas próprias histórias em filmes. Realizado pelo Instituto Marlin Azul, com o patrocínio da Petrobras, o projeto é um instrumento de registro da memória e da diversidade cultural do país e revela novos olhares sobre o Brasil.
Os autores participarão de oficinas de realização audiovisual, no Rio de Janeiro, entre 14 e 27 de agosto, onde estudarão todas as etapas de produção e depois voltarão para os municípios de origem para transformar as histórias em filmes. A lista dos selecionados está disponível aqui.
Todas as cinco regiões brasileiras têm representantes selecionados nesta nova edição: Nordeste (05), Sudeste (04), Norte (03), Sul (02) e Centro-Oeste (01). Doze estados têm histórias escolhidas: Bahia (02); Minas Gerais (02); Pará (02); Alagoas (01); Ceará (01); Espírito Santo (01); Mato Grosso (01); Paraíba (01); Rio Grande do Sul (01); Santa Catarina (01); São Paulo (01) e Tocantins (01).
A sexta edição selecionou histórias vindas das seguintes cidades: Lençóis e São José do Jacuípe (Bahia); Barroso e Urucuia (Minas Gerais); Bom Jesus do Tocantins e Colares (Pará); Quebrangulo (Alagoas); Icapuí (Ceará); Laranja da Terra (Espírito Santo); Nossa Senhora do Livramento (Mato Grosso); São Domingos do Cariri (Paraíba); Antônio Prado (Rio Grande do Sul); Guarujá do Sul (Santa Catarina); Águas de Lindóia (São Paulo) e Arraias (Tocantins).
Oficinas – Os autores das histórias selecionadas participarão das Oficinas Realização Audiovisual no Rio de Janeiro, entre os dias 14 e 27 de agosto. O curso é composto por aulas de introdução à linguagem audiovisual, roteiro, direção, produção, direção de arte, fotografia, som, edição/ finalização, pesquisa, mobilização comunitária e direitos autorais. Neste período os autores transformam suas histórias em roteiro, elaboram um plano de produção e se preparam para dirigir o filme.
Os filmes – Após as oficinas, os selecionados retornam às suas cidades para transformar as histórias em filmes com até 15 minutos, com a participação da comunidade. Na pré-produção, os diretores mobilizam os moradores interessados em integrar a equipe local. Nas filmagens, os autores e a equipe contarão com o apoio de profissionais contratados pelo projeto.
Nas cinco primeiras edições do projeto, entre 2004 e 2016, foram produzidas 180 obras, entre ficções, documentários e uma animação. Os filmes realizados são lançados nas comunidades e nas capitais dos estados selecionados através do Circuito Nacional de Exibição Revelando os Brasis, que monta um cinema ao ar livreem ruas e praças dos municípios. Ainda na fase de difusão do projeto, os filmes são lançados em DVD com distribuição gratuita entre realizadores, secretarias, organizações sociais e culturais, cinematecas, universidades e cineclubes de todo o Brasil. As produções também são exibidas no programa de TV Revelando os Brasis, realizado em parceria com o Canal Futura.
Números do Revelando os Brasis
3.452 inscrições foram contabilizadas em todas as edições do Concurso Nacional de Histórias do projeto;
180 obras, entre documentários, ficções e animação, foram produzidas em cinco edições;
275 sessões de lançamento dos filmes foram realizadas nas cidades e capitais dos estados durante as cinco edições do Circuito Nacional de Exibição.
Os selecionado
Nome: Andrea Guanais Bezerra
História: Chica
Cidade/Estado: Lençóis/Bahia
Nome: Carlos Henrique da Costa
História: A Aventura da Primeira Bicicleta
Cidade/Estado: Águas de Lindóia/São Paulo
Nome: Cesar LuisTheis
História: História das Rodas de Chimarrão
Cidade/Estado: Guarujá do Sul/Santa Catarina
Nome: Eliabe Crispim da Silva
História: O Pescador de Memórias
Cidade/Estado: Icapuí/Ceará
Nome: Geilane de Oliveira Souza
História: Uma Escola Diferente
Cidade/Estado: São José do Jacuípe/Bahia
Nome: Joelson de Oliveira Silva
História: Nega da Costa – Uma Cultura Popular na Terra de Graciliano Ramos
Cidade/Estado: Quebrangulo/Alagoas
Nome: Jurandir Antônio Nunes Amaral
História: Vivenciando a Cultura do Quilombo Mata Cavalo
Cidade/Estado: Nossa Senhora do Livramento/Mato Grosso
Nome: Lucrécia de Moura Dias
História: A Sússia
Cidade/Estado: Arraias/Tocantins
Nome: Madylene Costa Barata
História: Colares e o Contato Extraterrestre
Cidade/Estado: Colares/Pará
Nome: Marcelo Rodrigues dos Santos
História: Carambola – O Destino de um Povo
Cidade/Estado: Urucuia/Minas Gerais
Nome: Maria Odete Meotti de Bairros
História: Filó Italiano
Cidade/Estado: Antônio Prado/Rio Grande do Sul
Nome: Maria Patrícia de Aquino Lima
História: Rasga Mortalha
Cidade/Estado: São Domingos do Cariri/Paraíba
Nome: Paulo Alexandre Coelho
História: Jacaré, o Boi Cavalo
Cidade/Estado: Barroso/Minas Gerais
Nome: Rafael Wolfgramm Teixeira de Siqueira
História: Franz Seibel: o Surgimento da Fotografia Pomerana
Cidade/Estado: Laranja da Terra/Espírito Santo
Nome: Robson Messias Lucas Santos
História: A Guerreira Gavião
Cidade/Estado: Bom Jesus do Tocantins/Pará
A Comissão de Seleção
A Comissão de Seleção do Revelando os Brasis foi formada por profissionais das áreas de cinema, televisão, jornalismo e ciências sociais.
André Libonati – Jornalista, trabalhou durante quatro anos como produtor teatral na Pequena Central de Produções Artísticas. Em 2004, entrou no Canal Futura para a equipe do Projeto Educação nos Trilhos, onde trabalhou como produtor assistente dos programas “Recortes do Brasil”, “Diário de Bordo”, “Dica que Vale” e “Vou te Contar – Causos Maranhenses”. Desde 2014 é Coordenador de Projetos do Canal Futura, dentre eles o Anuário de Programação, o Geração Futura Educadores, Geração Futura Universidades Parceiras (oficinas de audiovisual) e dos programas Janelas de Inovação, Curtas e Curtas Universitários.
Bete Jaguaribe – Jornalista, doutora em Sociologia (UFC), Mestre em História Social (UFC), professora do Curso de Audiovisual da Universidade de Fortaleza(UNIFOR), diretora de Formação e Criação do Porto Iracema das Artes/Centro Cultural Dragão do Mar.
Beth Sá Freire – Diretora-Adjunta do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo desde 1997, atuando também como curadora dos Programas Especiais; Colaboradora Oficial da Semana da Crítica de Cannes e do Festival de Curtas de Oberhausen, na Alemanha; jurada em outros importantes festivais internacionais, tais como: Asiana (Coréia do Sul), Berlim (Alemanha), Toronto (Canadá), Drama (Grécia), Bilbao (Espanha), Morelia (México) e ShortShorts (Japão), além de outros festivais brasileiros, como: Universitário (RJ), Vitória Cine Vídeo (ES), Goiânia Mostra Curtas (GO), Curta-Cinema – Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro (RJ), Mostra Londrina (PR) e Primeiro Plano de Juiz de Fora (MG).
Bráulio Tavares – Manteve, entre 1987 e 1989, uma coluna quinzenal sobre televisão na Revista de Domingo do “Jornal do Brasil” e fez parte da equipe de roteiristas de vários programas da Rede Globo, entre eles “Brasil Legal” e “Globo Ciência”. Foi roteirista de trabalhos dirigidos na Globo por Luiz Fernando Carvalho, como “Auto de N. S. da Luz” (1992), “Farsa da Boa Preguiça” (1995) e “A Pedra do Reino” (2007). Recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Recife pelo curta “Assombrações do Recife Velho”. Em TV, criou e escreveu duas séries produzidas pela Luni Produções (Recife) e exibidas no Canal Futura: “Minha Vida é a Minha Cara” (2009) e “O Reino Cantado de Luiz Gonzaga” (2012). Co-roteirista de “O Homem que Desafiou o Diabo” (Moacyr Góes, 2007), “Besouro” de João Daniel Tikhomiroff (2008). Autor do ensaio “O Anjo Exterminador” (Rocco, 2002) sobre a obra de Luís Buñuel.
Luelane Loiola – Formada em Cinema pela Universidade Federal Fluminense. Dirigiu os documentários “Como se Morre no Cinema”, “Sol de Oro no Festival de Biarritz” (vencedor de 11 prêmios nacionais), “A Cidade e o Poeta”, “Machado de Assis” e “Rio, 39,6 Graus”. Montadora e assistente de direção, trabalhou com Nelson Pereira dos Santos desde o filme “Memórias do Cárcere”. Assina a montagem de “A Música segundo Tom Jobim”. Foi diretora assistente nos filmes de Hugo Carvana, com quem trabalhou desde “O Homem Nu”. Recebeu prêmio de Melhor Montagem pelos filmes “Áurea”, de Zeca Ferreira, “O Quinze”, de Jurandir Oliveira e “Rio de Memórias”, de José Inácio Parente.
Por: revelandoosbrasis
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