MUNDO / Dezenas são detidos em protestos contra violência policial nos EUA
Dezenas de manifestantes foram presos na noite deste sábado (09/07) em protestos contra a violência policial nos Estados Unidos. Um dos principais ativistas do movimento Black Lives Matter ("Vidas de negros importam", em tradução livre), DeRay McKesson, foi detido durante um ato em Baton Rouge, a capital do estado de Luisiana.
As mortes de homens negros – Alton Sterling, de 37 anos, em Luisiana, e Philando Castile, de 32 anos, em Minnesota – por agentes de segurança na última semana geraram uma onda de protestos contra a violência policial em várias cidades americanas.
No protesto em Dallas na última quinta-feira, cinco policiais foram mortos por um franco-atirador que disse que queria "matar brancos".
Obama diz não acreditar que EUA estejam divididos |
Os cerca de mil manifestantes também gritaram palavras de ordem diante do Departamento de Polícia de Baton Rouge. Ao menos 30 manifestantes foram detidos.
"A polícia de Baton Rouge têm sido horrível nesta noite", disse o ativista McKesson numa transmissão ao vivo do protesto nas redes sociais. "A polícia está violenta, mas os manifestantes, não", disse. Minutos depois, ele é detido por policiais.
Na cidade de St. Paul, onde Castile foi morto durante uma abordagem de trânsito, centenas de manifestantes bloquearam uma estrada e lançaram pedras, garrafas e fogos de artifício contra policiais. Os agentes revidaram com granadas, gás lacrimogêneo e spray de pimenta para dispersar a multidão. Cinco policiais ficaram feridos. A polícia ainda não divulgou o número de detidos.
País dividido?
Na sexta-feira, as autoridades americanas prenderam 77 pessoas em 18 cidades. A maioria das detenções, 74, ocorreu em Rochester (Nova York), onde foram registrados confrontos entre policiais e manifestantes em um protesto com cerca de 400 pessoas. Protestos também lotaram as ruas de Atlanta, Filadélfia, São Francisco e Phoenix.
O presidente americano, Barack Obama, que chegou neste domingo (10/07) à Espanha para visita oficial, disse que não acredita que os EUA estejam divididos "como algumas pessoas sugerem".
"Há dor, há raiva, há confusão: mas há unidade. Isso não é o que nós queremos ser como americanos", afirmou neste sábado no fim da cúpula da Otan em Varsóvia. Por: DW / KG/ap/dpa
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