BRASIL / Funcionários da FUNAI agridem indígenas no Museu do Índio do Rio de Janeiro
O grupo estava ocupando o Museu do Índio de Botafogo de forma pacífica e cultural desde o dia 13 desse mês, reivindicando a volta do grupo para a Aldeia Maracanã e a extinção da PEC 2015 que retira os já ameaçados direitos indígenas. Afetando inclusive os procedimentos de demarcação de terras ancestrais.
Os Indígenas da Aldeia Maracanã Urutau Guajajara e Ash Ashaninka acusam os seguranças de quebrarem o celular da companheira de Ash, que estavam dom o filho deles no colo, e tentava filmar as agressões que sofriam. Também acusam de roubar os objetos ritualísticos do Ashaninka que estavam dentro do museu.
O grupo estava ocupando o Museu do Índio de Botafogo de forma pacífica e cultural desde o dia 13 desse mês, reivindicando a volta do grupo para a Aldeia Maracanã e a extinção da PEC 2015 que retira os já ameaçados direitos indígenas. Afetando inclusive os procedimentos de demarcação de terras ancestrais.
Na tarde de sábado os indígenas agredidos estavam conversando com advogados para fazerem um boletim de ocorrência pela agressão que sofreram e tomarem as medidas cabíveis.
Desde 2012 os povos originários reunidos na Aldeia Marakanã sofrem com um despejo ilegal, violência, e perseguição por parte do Estado, organismos esportivos internacionais e empreiteiras corruptas.
O episódio mais recente dessa luta foi a ocupação, na última quinta-feira, do Museu do Índio, em Botafogo, após o COI proibir que os indígenas do movimento realizassem seus rituais e manifestações na Universidade Indígena Aldeia Marakanã, seu local de direito. As demandas dos ocupantes eram a devolução da Aldeia Marakanã, o fim do extermínio dos povos originários pelo Brasil e a extinção da PEC 215.
Na manhã de ontem, depois de negado o pedido de reintegração de posse feito pelo Museu; a administração do órgão ordenou que seus empregados de origem indígena espancassem e expulsassem os ocupantes, ação que eles levaram a cabo sem questionar, ameaçando, inclusive, a vida de mulheres e crianças. Participaram também da agressão funcionários do museu, seguranças particulares, e policiais à paisana armados.
Apesar da intimidação (e da chuva), os indígenas da Aldeia Maracanã permaneceram em vigília na porta do Museu durante toda a madrugada de ontem. Eles continuam ocupando o local e convocam todos os seus apoiadores para este protesto de hoje, em repúdio ao acontecido. Por: Midiacoletiva

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