ECONOMIA / Preço do feijão dispara e chega a R$ 11

Esse salto no preço reflete diretamente no bolso do consumidor, que nas feiras livres e supermercados já está pagando de R$ 11 até R$ 13 pelo quilo do feijão
Há um ano, conforme os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a saca de 60 quilos do feijão mulatinho, o mais tradicional na culinária baiana, custava R$ 130,32, o que saia, em média, no atacado, a R$ 2,20 o quilo. Atualmente, com base no levantamento de preços feito até o último dia 03, a saca de 60 quilos passou para R$ 410, e o preço do quilo no atacado pulou para, em média, R$ 7,00.

Esse salto no preço reflete diretamente no bolso do consumidor, que nas feiras livres e supermercados  já está pagando de R$ 11 até R$ 13 pelo quilo do feijão. No início do mês de maio, quando foi observada uma elevação brusca do preço do produto, a saca de 60 quilos estava custando R$ 245,00 e na última semana do mês, já estava custando R$ 290,00, atingindo o pico de R$ 410 entre os dias 30 de maio a 03 de junho, segundo os números divulgados pela Conab.

A Gerência de Levantamento e Avaliação da Companhia Nacional de Abastecimento  admite que a produção foi menor em todo o País, mas principalmente na Região Nordeste, onde a Bahia é o maior produtor, por causa da seca. E isso, conforme disse o subgerente do setor, Eledón Oliveira, impactou diretamente nos preços. Ele disse que no caso da Bahia, ainda é cedo para avaliar a produção total, uma vez que a safra de inverno ainda está na fase de plantio.

As perdas na primeira safra de feijão, que é plantada nas regiões Oeste, Centro Norte e Microregião de Irecê, conforme os números mais recentes da Conab, tiveram perda na produção de 55%, em função, principalmente da seca. Em nota, a Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri) diz que somente na Região Oeste do Estado, que contribui com 25% da produção estadual, as perdas na 1ª safra (Safra de Verão) ficaram em torno de 27% em números preliminares.

Expectativa
Prato habitual da maioria dos baianos, o feijão se tornou item dos mais caros no dia a dia da mesa dos baianos. Custando entre R$ 10 a até R$ 13,00 o quilo, em feiras e mercados de bairros, o produto é hoje motivo de queixa dos consumidores.

Não dá para passar sem ele, até pelo seu valor nutritivo, juntamente com o arroz, que serve de base alimentar para a maioria das famílias. O problema agora é o preço”, diz a nutricionista Lindinalva  Oliveira, na posição de consumidora na Feira da Sete Portas.

A produção que está sendo consumida pelos baianos refere-se ainda à safra de verão, plantada nos três últimos meses do ano passado e colhida entre os meses de janeiro a março deste ano. Essa safra, cujos pólos de pordução mais importantes estão no Oeste e na Microregioão de Irecê, foi em grande parte perdida por causa do prolongado período de estiagem, e segundo divulgou a Seagri, através de nota, em função da estiagem, a primeira safra  de feijão sofreu uma redução de 27%, o que pode explicar a escassez do produto em algumas regiões.

A Bahia possui duas safras de feijão e milho (Verão e Inverno) plantadas em forma de consórcio, que são colhidas, respectivamente no primeiro e segundo semestre.

A segunda safra de feijão, de inverno, corresponde a mais de 60% de todo o feijão produzido no Estado, com destaque para a Região Nordeste, principalmente o pólo de Adustina\ Paripiranga., onde ocorre a maior parte do plantio.

O plantio da segunda safra acontece agora, entre os meses de Maio e Junho, com colheita prevista entre os meses de agosto a outubro. Contudo, por causa da estiagem, boa parte dos produtores rurais ainda não fez a semeadura.

A Seagri admite que caso ocorram as chuvas previstas, favorecendo um cenário positivo na agricultura, pode-se chegar a uma safra  de até 195 mil toneladas, o que poderá ser confirmado entre os meses de Agosto e Setembro, período de colheita.

Somadas as duas safras, a expectativa do Governo do estado é que  sejam produzidas mais de 289 milhões de toneladas,  mesmo assim abaixo das 294 mil toneladas colhidas no ano passado.

Primeira safra teve perda recorde no estado da Bahia
Nos números mais atualizados da Conab, repassados pela  Gerência de Levantamento e Avaliação,  o Paraná aparece como o maior produtor de feijão no País. Em todo o País a Conab acusa uma redução da área plantada este ano da ordem de 3,5%, com uma redução de produtividade por hectare plantado de 6%.

O Paraná, que teve sua primeira safra  já colhida, teve uma redução de 6,5% na área de plantio e uma perda na produção de 11%, o que afetou os mercados consumidores em quase todo o País.

O segundo estado de maior produção, Minas Gerais, teve uma redução de 7,9% na área plantada e uma queda de 16,5% na produção. Ainda segundo a Conab, na Bahia a queda na produção, referente à Safra de Verão, foi da ordem de 55,1%.

A queda brutal na primeira safra, segundo a Conab, é uma das maiores na produção de feijão na Bahia. Das 130 mil toneladas que deveriam ter sido colhidas, nas últimas previsões, já levando-se em conta os efeitos danosos provocados pela seca, apenas 58 mil toneladas de feijão  foram ofertadas no mercado baiano.

Em um dos boletins da Conab, o órgão adverte que em função da redução da área plantada e dos problemas climáticos verificados no decorrer das duas primeiras safras, a tendência é de um quadro de suprimento bastante apertado.

Com isso, os preços devem continuar em patamares elevados, sem se definir até onde poderão chegar devido às dificuldades que as indústrias vão encontrar para repassar esses valores ao setor varejista e este, aos consumidores.

Para a segunda safra de feijão, cujo maior pólo de produção fica entre os municípios de Ribeira do Pombal, Tucano, Euclides da Cunha, Adustina , Sítio do Quinto e Paripiranga, no Nordeste do Estado, a previsão da Conab reduz a safra para 164 mil toneladas, com que de 0,4% da área plantada.
Nas previsões anteriores, feitas pelo IBGE, em março deste ano, a expectativa era de que a safra do feijão deveria terminar o ano com produção total de 312 mil toneladas, 20 mil a menos que na previsão anterior. A produção do feijão de primeira safra na Bahia está distribuída entre as variedades macaçar (72%) e cores (28%).

Previsão do tempo
Nas previsões meteorológicas feitas pelo instituto Estadual do Meio Ambiente (Inema), com  base nos dados fornecidos pelo instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nas regiões Norte e Nordeste da Bahia, deverá chover até 45% abaixo da média histórica.

No Nordeste a média anual  de chuvas é de 411,6 a 867 milímetros, com previsão de chover de maio a julho entre 4 28,1mm a 277,9mm. Já no Norte, a média anual fica entre 481,3 a 1044,0  milímetros, com previsão de chover entre  2,8 a 325,7 mm entre maio e julho.

As análises  meteorológicas a próxima segunda feitas pelo Inema é que de a massa de ar seco continue predominando, mantendo o tempo ensolarado e sem chuvas na maioria das regiões.

Durante esse período, a atuação dessa massa de ar será mais intensa no oeste, norte e parte do nordeste, onde, além de deixar o céu com poucas nuvens, também deverá manter as temperaturas elevadas, com máximas podendo chegar aos 37°C.

Nas cidades produtoras de feijão, as previsões feitas pelo Inemt até a próxima terça feira indicam possibilidade de quase zero de ocorrências de chuvas, nos municípios de Paulo Afonso, Ribeira do Pombal, Adustina, Paripiranga, Jeremoabo, Euclides da Cunha, Uauá. Nesses municípios em toda Região Nordeste do Estado, as temperaturas oscilam entre 17 a 20 graus a mínima, e 30 a 33 graus a máxima. Por: Tribunadabahia
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