POLÍTICA / "Vamos para as urnas", diz Lula em Acampamento pela Democracia
Os movimentos populares, centrais sindicais, entidades estudantis, coletivos de cultura e comunicação, decidiram montar um acampamento em Brasília para acompanhar o processo de discussão do impeachment no Congresso Nacional, chamado de Acampamento pela Democracia e Contra o Golpe.
O local fica no Ginásio Nilson Nelson, teve início no dia 10 de abril e reúne 2 mil pessoas de diversos estados do país.
Na tarde deste sábado (16), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do evento em nome de Dilma Rousseff, que estaria no local, mas não pode comparecer. Ela enviou uma carta afirmando estar envolvida com os votos no Congresso Nacional.
Na carta lida ao vivo por uma manifestante, a presidente disse: “Gostaria muito de estar com vocês neste generoso e solidário acampamento. Sei que vocês vieram para cá de todos os cantos do nosso Brasil. Se não posso ir ao encontro de vocês hoje, pela necessidade de dialogar o dia inteiro com parlamentares que se mostram cada vez mais sensíveis a derrotar o impeachment, faço-me representar pelo nosso querido ex-presidente Lula, este companheiro de todas as horas leva meu abraço e carinho a todos e todas. Continuem defendendo a democracia. Vamos derrotar o impeachment, um golpe contra a democracia. Não cometi crime, não há contra mim qualquer denúncia de corrupção. Meu nome não aparece em nenhuma lista de recebimento de propina. Portanto, não é justo, não é legítimo tentarem abreviar meu mandato, que pretendo honrar até o último dia, conforme diz a Constituição”.
Lula inicia seu discurso falando sobre os três governadores que ainda precisa conversar. “Temos 513 para conquistar. Precisamos de metade destes votos. Eles não pode atingir 342. Uma guerra de sobe e desce, parece a Bolsa de Valores”. Segue afirmando que é um exemplo a ser seguido, o que os manifestantes estão fazendo no acampamento.
“Para eu chegar a presidência eu perdi três eleições, cada uma eu ia para casa lamentar. Ouvia a Marisa dizer que não deveria concorrer mais. Eu teimei. Agora se o seu Temer quer ser candidato, não tente através de golpe. Ora, eles esperem chegar 2018, PMDB é grande, vamos para as urnas. Vamos debater quem pode ser melhor para o país”. Ele encerra dizendo que a luta é pela democracia, respeito ao estado de direito. Por: Noticiasaominuto
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