SAÚDE / Bahia emite alerta contra o vírus H1N1

Na Bahia, até o último dia 23, foram registrados 10 casos com uma morte, todos eles ocorridos em Salvador

Pânico. É o que muitos médicos tem percebido com a procura intensa por vacinas contra a Influenza, gripe provocada pelo vírus H1N1 que já causou a morte de 46 mortes no país este ano, e teve 305 casos registrados até o último dia 19, conforme os dados do Ministério da Saúde. Na Bahia, até o último dia 23, foram registrados 10 casos com uma morte, todos eles ocorridos em Salvador, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

Chama a atenção o fato de que em todo o ano passado a Bahia registrou apenas um caso da Influenza, que ocorreu em Salvador com um paciente que tinha viajado dias antes para São Paulo. Já neste ano, os casos começaram a surgir em fevereiro e não têm relação direta com viagens para àquele Estado. Em decorrência disso a Sesab emitiu um Alerta Epidemiológico para monitorar a situação.

Nas análises feitas até agora pela Secretaria estadual da Saúde, os 10 casos de H1N1 (Influenza) registrados em Salvador indicam uma situação inusitada, uma vez que o histórico da manifestação da gripe, desde 2009, sempre apontou para o período entre a primeira e segunda quinzena de maio, o que pode antecipar até mesmo a campanha de vacinação no Estado, prevista para começar dia 30 deste mês.

Conforme explicou o coordenador do Programa Estadual de Imunização da Sesab, Ramon Saavedra, a possibilidade de antecipação da campanha de vacinação vem sendo estudada, mas vai depender da chegada da vacina, que será distribuída pelo Ministério da Saúde aos Estados. “Isso porque há toda uma logística para a redistribuição nas 30 Regiões de Saúde e a partir daí para os 417 municípios”, disse. Na Bahia, a meta da Sesab é vacinar três milhões de baianos através da rede pública de saúde.

Imunização
A campanha de vacinação contra o HIN1 (Influenza) tem previsão de começar no próximo dia 30 em todo o País. Segundo boletim do Ministério da Saúde, este ano a 18ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, vai de 30 de abril a 20 de maio. No dia 30 haverá, o dia de mobilização nacional, com previsão de engajamento de todos os órgãos da administração pública nos estados.

A vacina é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos  do Ministério da Saúde demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. O Ministério da Saúde informou que vem monitorando, junto com as vigilâncias estaduais e Distrito Federal, todas as ações de controle e prevenção da gripe e os casos registrados no país.

Conforme explicou Ramon Saavedra, apesar do alerta epidemiológico, não se justifica qualquer situação de pânico na população. “Entendemos, contudo, que se trata de uma situação atípica, pois as ocorrências foram antecipadas, daí o alerta”, disse. Ele disse ainda que independentemente da campanha, que terá restrições pois só considera aptos para a vacinação pública determinados grupos populacionais, “o melhor é se prevenir, buscando a vacina também n a rede pública para os que não se enquadram nos grupos da campanha nacional de vacinação”, afirmou.

A campanha nacional de vacinação estabeleceu como prioridades os grupos de mulheres grávidas ou aquelas que tiveram gestação nos últimos 45 dias a partir do início da campanha, crianças de seis meses a cinco anos de idade, povos indígenas, população em regime prisional, profissionais da área de saúde e pessoas acima dos 60 anos de idade e aquelas que têm doenças crônicas, como as diabetes e cardiopatias complexas.

O Ministério da Saúde reforça que, além da vacinação, a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a infecção por gripe. Medidas de higiene, como lavar sempre as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de doenças respiratórias, cobrir a boca com o braço ao tossir ou espirrar, utilizar álcool gel nas mãos e, caso julgue necessário, utilizar máscara de proteção.

Doença já matou 46 este ano no país 
Até o último dia 19, conforme os dados do Ministério da Saúde, o País já tinha registrado 305 casos da gripe H1N1(Influenza), com 46 mortes, 10 a mais que no ano passado inteiro.  Na Bahia foram 10 casos, com dois óbitos, contra apenas um caso em 2015.

Conforme o último boletim  do Ministério da Saúde, a Região Sudeste era a que concentrava o maior número de casos (266), sendo 260 em SP. Os outros Estados que registraram casos neste ano são Santa Catarina (14); Bahia (10); Pernambuco (5); Minas Gerais, Rio de Janeiro (3); Mato Grosso (2); e um caso no Pará, Ceará, Paraná e Mato Grosso do Sul. Já o Distrito Federal contabilizou três ocorrências.

Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 38, seguido por Bahia e Minas Gerais, cada um com dois óbitos; e Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Ceará, com um óbito cada. Com uma antecipação de cinco meses (a previsão era de que os casos só surgissem a partir de meados de maio) o atual quadro epidemiológico vem intrigando as autoridades sanitárias.

A gripe Influenza é uma doença respiratória aguda e diferente de uma gripe comum, por ser causada por um subtipo distinto do vírus influenza. O H1N1 traumatizou o mundo ao causar uma pandemia em 2009, com mais de 50 mil casos registrados e cerca de duas mil mortes.

O maior problema para o seu controle é que ela é transmitida pelo contato direto da pessoa infectada, e pelo contato indireto dessa pessoa com objetos, que podem repassar o vírus para outras pessoas. A doença é transmitida de pessoa a pessoa pelo contato com secreções respiratórias e causa febre alta, dificuldades respiratórias, coriza, dor de garanta, mal-estar e fortes dores no corpo e na cabeça. Na maioria dos casos, contudo, a doença não assume proporções graves que possam levar à morte.

Vacinação é medida imediata
Vacinar ainda é a melhor forma de evitar a contaminação pelo vírus H1N1  (Influenza). E mesmo para os que não se enquadram nos grupos prioritários das campanhas de vacinação pública, a solução mais adequada é reservar entre R$ 90 e R$ 130 e buscar uma clínica  médica da rede privada para obter a vacina.

O conselho é do coordenador do Programa Estadual de Imunização da Sesab, Ramon Zaavedra, que disse que o vírus é de ampla circulação em todas as regiões no País. Ele explica que a vacinação é o método mais eficaz na redução do impacto da influenza e é uma componente chave para controlar a circulação de amostras de vírus influenza sazonal. “Quem se vacina acaba proporcionando a imunização para outras pessoas, pois a vacina diminui a circulação do vírus”, disse.

Anualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza duas consultas técnicas, em fevereiro e setembro, para recomendação das amostras vacinais  que irão compor as vacinas contra influenza sazonal dos hemisférios norte e sul. No Brasil todos os anos o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza, onde grupos prioritários podem receber gratuitamente a vacinação nos postos de saúde.

Circulação
Médico infectologista Adriano Oliveira recomenda que todos devem se vacinar. “Não podemos subestimar, pois se trata de um vírus perigoso que pode contaminar a todos, pois já circula amplamente através do contato direto e indireto de quem já foi infectado”, disse. Adriano explica ainda que por ter essas características de propagação, os métodos higiênicos preventivos são bons, mas têm sua eficácia diminuída. “Um aperto de mão, o contato com objetos, tudo isso propaga o vírus”, diz.

Já a infectologista Nanci Silva emenda afirmando que apesar da constatação de que os casos este ano são em maior número e vieram de forma antecipada em relação a anos anteriores, não há razões para pânico. “A maioria dois casos manifestado é de3 gripes comuns, viroses sem, maiores gravidades. Existem mais de 200 tipos de vírus e nem toda manifestação sintomática de gripe trata-se do H1NI”, disse.

Saiba mais sobre a Influenza
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que a gripe Influenza acomete de cinco a 10% da população adulta em todo o mundo, e  entre 20 a 30% das crianças, causando de três a cinco 5 milhões de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes todos os anos.

A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz. A doença pode ser causada pelos vírus Influenza tipos A, B e C. Setenta e cinco por cento das infecções se dá pelo vírus do tipo A.

A transmissão ocorre principalmente através do contato com partículas eliminadas por pessoas infectadas ou mãos e objetos contaminados por secreções. É muito elevada em ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes fechados ou semi fechados, dependendo não apenas da infectividade das cepas, mas também do número e intensidade dos contatos entre pessoas de diferentes faixas etárias.

Transmissão 
A Organização Mundial da Saúde considera que as crianças com idade entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus na família e na comunidade, sendo que podem eliminar os vírus por até duas semanas, enquanto indivíduos imuno comprometidos podem excretá-los por períodos mais prolongados, até meses. Recentemente, comprovou-se que os vírus sobrevivem em diversas superfícies (madeira, aço e tecidos) por 8 a 48 horas.

No Brasil, a meta do Ministério da Saúde é de vacinar, durante o período da Campanha Nacional, que começa no próximo dia 30, pelo menos, 80% de cada um dos grupos prioritários para a vacinação. Existem dois tipos de vacina. A vacina trivalente é distribuída gratuitamente em postos de vacinação da rede pública, mas apenas para grupos considerados de risco, como crianças, grávidas e idosos. A tetravalente é aplicada em laboratórios particulares, com diferentes composições, e pode custar de R$ 100 a R$ 150, conforme cada laboratório fabricante. Por: Tribunadabahia
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