Política/ Orçamento impositivo vai a voto terça

O Orçamento Impositivo, proposta que deve ir a votação na terça (13), é defendido pelos partidos conforme a conjuntura política. O PT, por exemplo, era a favor da proposta quando estava na oposição, no governo FHC. Já o PSDB, que agora defende a ideia, era contra quando estava no poder.

A proposição não é novidade. Em Pernambuco, o governador Eduardo Campos (PSB) se adiantou e implementou o Orçamento Impositivo. No final de maio ele assinou uma proposta de emenda constitucional estabelecendo o modelo. "Para que a gente possa ter compromissos com as vozes que vieram das ruas é preciso ter equilíbrio fiscal, responsabilidade, é preciso colocar os interesses do Brasil acima dos interesses partidários ou de posicionamentos de quem é governo ou oposição”, disse na quarta (07).  

Porém, para mostrar como a conjuntura é que determina o movimento dos políticos, Eduardo Campos só resolveu implementar a medida para o seu último ano de governo, que dever exercer por apenas três meses, já que para se candidatar a qualquer outro cargo (Presidência ou Senado) terá que se desincompatibilizar no início de abril. 

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pretende votar a proposta. Se aprovada, crescerá a tensão entre o Planalto e o aliado prioritário, o PMDB, aumentando também os desafetos de Dilma na bancada peemedebista. O líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), já atua mais como oposição do que como situação.

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