A música popular brasileira ficou mais pobre hoje com a morte do gênio Dominguinhos
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Os acordes das sanfonas estão soando mais tristes nesta terça-feira. Morreu em São Paulo, aos 72 anos, o cantor, compositor e instrumentista Dominguinhos.
Ele tinha câncer no pulmão e, ao longo do tratamento, sofreu de insuficiência ventricular, arritmia cardíaca e diabetes. José Domingos de Morais nasceu em Garanhus, Pernambuco, no dia 12 de fevereiro de 1941. Desde jovem, seu talento era notável, digno de receber a confiança do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que conheceu o pequeno José quando este tinha apenas 7 anos e disse que o menino teria futuro.
O tempo passou e, já adolescente, quando se mudou para o Rio com a família, Dominguinhos ganhou de Gonzagão uma sanfona. O instrumento musical o acompanharia pelo resto da vida.
A partir dos anos 50, o pernambucano passou a viver da música, tocando em festas, churrascarias e cassinos, além de gravar seu primeiro LP. Dezenas de discos seriam lançados nos anos seguintes, sempre fazendo sucesso pelo país inteiro.
Ao longo de sua carreira, o artista fez parcerias memoráveis com grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil. Composições como "Tantas Palavras", ao lado de Chico Buarque, e "Isso Aqui Tá Bom Demais" marcaram a trajetória do músico.
Já nos anos 2000, Dominguinhos ganhou vários prêmios importantes, como o Grammy Latino, em 2002. Alguns anos depois, o cantor passou a viver páginas difíceis de sua história: ele foi diagnosticado com câncer de pulmão.
Em 2011, o compositor sofreu um princípio de infarto e desde então passou por uma série de operações e tratamentos médicos. No começo de 2013, o estado de saúde do artista se complicou e ele sofreu uma parada cardíaca no dia 8 de janeiro. Em julho, Dominguinhos voltou a ser internado na UTI e não resistiu. veja o vídeo
sidneyrezende
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