REGIÃO / Jacobina: Esgoto, lixo e seca estão matando o Rio Itapicuru-Mirim
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Esgoto a céu aberto, lixo e a seca estão dizimando o principal rio jacobinense, enquanto a obra do esgotamento sanitário caminha a passos de tartaruga
Desde 2010 a situação é a mesma no centro da cidade.
Naquele ano teve início a obra da rede de esgoto.
A obra começou a ser feita pela Sobrado, houve a morte de um trabalhador por falta de segurança no trabalho, em seguida ficou paralisada e hoje está sendo retomada pela empreiteira Mercúrio, que recentemente foi alvo de denúncias sob acusação de não respeitar direitos trabalhistas de seus contratados.
Cinco anos depois a rede de esgoto ainda está sendo construída em ritmo moroso, enquanto todos os detritos estão sendo jogados, diariamente, nas águas do Rio Itapicuru-Mirim, que foi apontado pela SOS Mata Atlântica como o mais poluído da Bahia e o segundo do País.
De acordo com uma fonte, já foram investidos, na primeira fase da obra que não saiu do lugar, cerca de R$ 16 milhões.
E agora, na segunda fase, seriam investidos mais R$ 40 milhões, totalizando, portanto, R$ 56 milhões numa obra que até hoje não conseguiu despoluir o rio.
Na manhã desta sexta-feira, 21, a reportagem constatou que o esgoto continua correndo a céu aberto e é jogado no leito do Itapicuru.
O sistema de canalização junto ao rio está todo quebrado e muitos moradores sem consciência ambiental jogam lixo, o que agrava ainda mais a situação.
Além de tudo isso, o "perfume" que exala de suas águas já virou uma marca característica de Jacobina, fazendo lembrar a fedentina do Tietê, que corta o centro de São Paulo.
Com a seca inclemente que atinge o sertão, o Rio Itapicuru-Mirim está minguado, com pouca água.
Pouca água, mas muito esgoto, lixo e mau cheiro.
Da reportagem do Corino Urgente
